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GERAL

Especialistas alertam sobre custo social e econômico dos megaeventos

Publicado em 23/05/2011





A professora da Universidade de Edimburgo, na Escócia, Cara Aitchison, fez um alerta em sua palestra na 10? ediç?o do Fórum Internacional de Esportes, nesta sexta-feira, dia 20, sobre o perigo de ocorrer um desequilíbrio local com a realizaç?o de obras superficiais, apenas maquiagem, para que o país possa receber visitantes e torcedores durante a realizaç?o da Copa do Mundo em 2014 e das Olímpiadas em 2016.

“Somos contra o embelezamento das cidades para os turistas. É preciso criar empregos, estrutura de saúde e educação, além de uma melhora geral do bem estar das comunidades”, disse a professora de Geografia Humana. De acordo com ela, “o custo econômico deve ser compartilhado com justiça social e renovação ambiental.

Durante sua apresentação Aitchison veiculou um vídeo que mostra a “cidade de lata”, uma espécie de favela na África do Sul, criada durante a Copa do Mundo em 2009, onde milhares de pessoas foram colocadas após serem retiradas das áreas centrais da Cidade do Cabo. “Este é apenas um dos eventos que não aparece na mídia após a realização dos megaeventos. Seres humanos que perderam o espírito de comunidade e passaram a viver em condições totalmente insalubres”, comentou com indignação.

No Brasil, a questão é ainda mais problemática, acredita a professora, porque não está ocorrendo uma parceria entre todos os setores da sociedade. Segundo ela, parte da imprensa já está divulgando um desequilíbrio financeiro entre o público e privado. “Isso é um perigo. O governo está financiando a maior parte da infraestrutura com o dinheiro dos impostos mas o lucro acabará nas mãos do setor privado e das multinacionais”, denuncia.

Para Aitchison, a questão principal é: “que preço pagaremos por estes benefícios e qual a garantia de que eles se estenderão para um grupo maior de pessoas?”, indagou. O professor de Gestão Esportiva da Universidade de São Paulo (USP), Cláudio Rocha, também falou sobre megaeventos, oportunidades e ameaças para o Brasil, no entanto, focou sua exposição nos benefícios turísticos.

“É preciso promover o turismo antes e depois dos jogos”, alertou. Para Rocha, o Brasil precisa repensar urgentemente quais são as estratégias que serão utilizadas para alavancar o turismo após a realização da Copa do Mundo e das Olímpiadas. “É a melhor oportunidade para criar um programa de visitação para jornalistas e acabar de vez com esta imagem de país de mulatas, carnaval e futebol”, disparou em tom crítico. O Fórum Internacional de Esportes, que este ano tem como tema “Esporte e Turismo”, está sendo realizado no Centro de Eventos da Associação Catarinense de Medicina (ACM), na rodovia SC-401, em Florianópolis.

Organizado pela União de Instituições do Esporte, Educação Física e Lazer de Santa Catarina (Unesporte), o evento conta plenárias de discussão, encontros de instituições ligadas ao sistema esportivo brasileiro e catarinense e cursos de capacitação e atualização profissional.

Com Apoio Comunicação









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