Participantes da FIN Brasil conhecem potencial da economia de SC

Empresários e autoridades diplomáticas de países como Rússia, Nepal, Quênia, Moçambique, Angola, Peru, Malta, Namíbia e Vietnâ participaram, na manhã desta terça-feira (2), do Fiesc Day, recepção preparada pela Federação das Indústrias de SC aos visitantes.

Economista do Observatório Fiesc, Marcelo Albuquerque falou sobre as principais características do Estado, que ocupa apenas 1,1% do território mas tem o sexto maior PIB (produto interno bruno) do Brasil - R$ 455,6 milhões - e o terceiro maior PIB per capita (R$ 58.401). "A indústria catarinense é a segunda mais competitiva do país", disse Albuquerque, que também destacou a diversidade da produção e deu ênfase à infraestrutura portuária catarinense, fator decisivo no fortalecimento das relações internacionais. Os participantes acompanharam ainda apresentações de representantes da Zagonel, Fogões Clarice e Pátria equipamentos, todas sediadas em Pinhalzinho, na região Meio Oeste.

À tarde, os participantes foram recebidos na Câmara de Florianópolis. No plenarinho, fizeram perguntas à vereadora Manu Vieira e conferiram como acontece a sessão ordinária. Eles perguntaram sobre os critérios para definição do número de cadeiras no Legislativo municipal, quiseram saber sobre o que a Câmara faz para estimular o empreendedorismo e se existem projetos para a população mais vulnerável. 

O "esquenta" da FIN Brasil já começou, no entanto, na segunda-feira (1), com uma programação paralela no Sul catarinense. A comitiva liderada pelo presidente da Câmara de Comércio Brasil-Portugal e organizador da FIN, Jatyr Ranzolin, começou o roteiro em Criciúma, com visita à sede da Locks Industrial, empresa que pertence ao Grupo Setep e que é referência nacional em pavimentação. O diretor comercial e industrial Matheus Locks apresentou a JL 900, única pavimentadora de base do mundo, totalmente desenvolvida pela Locks, e que aumenta a produção em relação às motoniveladoras, torna o asfalto homogênio e reduz o desperdício a zero. Os participantes da FIN também conheceram, em Tubarão, o projeto da Cooperativa CS. Amurel que trata da construção de casas pré-fabricadas. Segundo o consórcio, á uma alternativa para diminuição do déficit habitacional. A interlocutores do continente africano, o empresário Rogério Mendes Menegaz informou que uma moradia de 42 metros quadrados sairia por US$ 10 mil, incluindo impostos.

A FIN Brasil também realizou uma visita técnica à Baly, fabricante de energéticos que já figura como a terceira do país no segmento e exporta para países como Paraguai, Uruguai, Chile, Estados Unidos e Bolívia.

A terceira edição da Feira Internacional de Negócios e Cultura ocorre nesta quarta e quinta-feira (3 e 4). O evento vai reunir cerca de 3.500 visitantes, com representantes de 42 países. A expectativa é de movimentar mais de R$ 100 milhões em negócios em setores como agronegócio, construção civil, educação, energias, logística, smart cities, saúde, tecnologia, têxtil e turismo são nichos confirmados. 

Um dos destaques da FIN 2024 é o “Negociômetro”, que conecta e monitora os negócios que estão sendo fechados em tempo real. Com o auxílio de um aplicativo próprio, os participantes conseguem conhecer pessoas, criar networks, agendar reuniões e fechar negócios.
Além de oferecer um ambiente de negócios e networking, o evento terá espaço para a cultura, com a participação de artistas como Luciano Martins e Cristiano Chaussard e de rendeiras de Florianópolis.