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ECONOMIA

Especialista dá dicas para reconhecer valores abusivos e não cair em ciladas na hora de negociar o aluguel

Publicado em 29/10/2021


Foto: Divulgação
Especialista dá dicas para reconhecer valores abusivos e não cair em ciladas na hora de negociar o aluguel



O sonho da casa própria é um dos mais populares entre os brasileiros. Porém, muitas vezes, até a realização desse objetivo, é preciso pagar aluguel.

De acordo com o especialista em Gestão de Finanças do Ailos, Diogo Anderson Angioleti, o aluguel pode ser uma ótima opção para pessoas em algumas situações da vida como – quando se está trabalhando por determinado período em outro estado ou país, por exemplo.

Mas, independentemente da situação, é preciso ficar atento aos valores pagos para não extrapolar sua renda mensal. Os reajustes costumam ser feitos todos os anos, por isso é bom ficar preparado.

“Para encontrar o valor ideal, é preciso fazer a seguinte divisão dos seus rendimentos: 50% a 60% dos seus ganhos devem ser usados para suas despesas essenciais de vida como moradia, alimentação, vestimenta etc. Aproximadamente 30% do que você ganha pode ser destinado para seu estilo de vida e escolhas para atender desejos pessoais e realização de sonhos; e, finalmente, entre 15% e 10% de todos os seus ganhos devem ser guardados como reserva financeira”, explica Angioleti.

É preciso também ficar atento aos valores abusivos. Existe um indicador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que o mercado usa para medir as variações de preços.

Ele é chamado de Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) e é definido por meio de pesquisas para entender se está ocorrendo aumento em matérias-primas da agropecuária e indústria.

O índice é mais usado em situações específicas, principalmente para corrigir valores de contrato de aluguel, energia elétrica, planos de saúde, seguros e mensalidades escolares.

A Lei do Inquilinato, Nº 8.245, de 1991, diz que o aluguel pode ser reajustado uma vez ao ano, mas não especifica qual deve ser a porcentagem.

Por isso, o ideal é que essas questões de reajuste já estejam previstas no contrato de aluguel, assim como vencimento, valores e qual será o índice que servirá como base para o aumento.

“O IGP-M é bastante usado para esses reajustes. Até julho, o IGP-M acumulou, aproximadamente, 33% em 12 meses. Explico como calcular: se você paga R$ 1 mil de aluguel e depois de um ano esse valor for reajustado, somando com o IGP-M de hoje, seu novo aluguel seria de R$ 1.330 mil”, diz o especialista, que ainda completa que esse é o maior percentual já registrado na história do Brasil desde 1994.

Observe a vizinhança para saber se o preço é justo

Para saber se o aluguel cobrado é justo, leve em consideração o mercado e as referências de pessoas na mesma rua, com residência ou apartamento do mesmo tamanho, estrutura e acabamento, ou seja, imóveis semelhantes. 

Outra dica do especialista é entrar em sites de imobiliárias e fazer pesquisas de imóveis parecidos, lembrando de também considerar a localidade, pois até na mesma cidade e bairro, a posição da casa na quadra pode mudar o valor. Se for apartamento, quanto mais alto o andar, mais caro o aluguel.

Por último, uma alternativa é pedir uma avaliação de profissionais habilitados, arquitetos, engenheiros, urbanistas ou o corretor de imóveis que têm certificação para fazer essas avaliações. 

Tenha o hábito de negociar, pechinche e busque benefícios quando for alugar, seja prudente e cuidadoso com seu dinheiro. Argumente com o locador a respeito do seu histórico de bom pagador, bom estado e investimentos eventuais que tenha feito no imóvel. 

Ter um contrato de locação é fundamental para garantir a legalidade do aluguel de um apartamento ou casa e resguardar tanto o locatário quanto o locador. A formalização evita transtornos para ambas as partes no futuro. 

“Se você encontrar problemas ou desacordos, busque sempre resolver tudo com bom diálogo, traga fatos e dados concretos com base no seu contrato. Caso não consiga resolver de forma amigável é preciso buscar seus direitos com ajuda de um advogado que possa tomar medidas legais cabíveis”, finaliza o especialista. 

 

 









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