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Campeão do Oi Hang Loose Pro Contest em Fernando de Noronha recebe o Troféu Jean da Silva

Publicado em 25/02/2019


@WSL / Daniel Smorigo
Campeão do Oi Hang Loose Pro Contest em Fernando de Noronha recebe o Troféu Jean da Silva

Jadson André (RN)




O potiguar Jadson André conquistou a vitória na onda surfada nos últimos minutos da emocionante final brasileira com o catarinense Yago Dora e os dois encabeçam o ranking do WSL Qualifying Series 2019

O potiguar Jadson André é o novo campeão do Oi Hang Loose Pro Contest, ganhando uma final emocionante com o catarinense Yago Dora no domingo de Sol, praia lotada e boas ondas para tubos e aéreos na Cacimba do Padre, em Fernando de Noronha. A decisão do primeiro QS 6000 do ano foi entre dois brasileiros da elite mundial do CT. Eles deram um show para a torcida, que vibrou bastante quando Jadson conseguiu a vitória na direita que surfou nos minutos finais da bateria. Ele já tinha barrado o bicampeão mundial Gabriel Medina no primeiro duelo do dia e começa a temporada 2019 liderando o ranking do WSL Qualifying Series, com o vice-campeão Yago Dora em segundo lugar. Para chegar na final, Jadson passou pelo norte-americano Cam Richards e Yago derrotou outra estrela do CT, Italo Ferreira.

“Primeiramente, quero agradecer à Deus por essa vitória e por este evento iluminado. No final ali, faltando 2 minutos, eu precisava de uma onda excelente e ficava o tempo inteiro lembrando do Neco (Padaratz) anos atrás, quando ele ganhou aqui. Ele contou que ficava sonhando com aquela direita durante o evento inteiro e na final ele venceu com a direita”, relembrou Jadson André, que seguiu falando emocionado.

“Agora, o Yago (Dora) estava praticamente me bloqueando pras esquerdas, mas eu tava acreditando o tempo inteiro que no final iam vir as direitas”, contou Jadson. “Ainda saí do mar porque quebrei a prancha, voltei e a primeira onda com a prancha nova era a direita que eu tava esperando pra vencer a final. Graças a Deus, consegui encaixar duas manobras grandes e a última ali, quando eu manobrei com toda minha força, só pensei, por favor meu Deus, me segura porque o impacto vai ser grande. Aí já sabia que a nota iria sair no critério excelente”.

O potiguar começou a final com sua raça característica, pegando uma onda atrás da outra e soltando os aéreos nas esquerdas. O melhor valeu 6.50, que somou com 6.10 do outro e ainda massacrou uma direita com duas manobras fortes que renderam nota 6.53. Só depois Yago pegou sua primeira onda, uma esquerda que faz uma manobra e voa no aéreo, sem completar a aterrisagem. Logo, o catarinense pega outra esquerda, some dentro de um belo tubo e ressurge com nota 7.30, diminuindo a vantagem para 5.93 pontos.

O catarinense então parte para os aéreos “full rotation” nas esquerdas. Ele falha nas duas primeiras tentativas e Jadson escolhe uma direita maior que rende duas manobras explosivas, a primeira embaixo do lip e outra na finalização para ganhar 7.93. Só que Yago vem em outra esquerda e dessa vez acerta o full rotation que valeu nota 9.0 para assumir a ponta e abrir 8.18 pontos de vantagem sobre o potiguar há 15 minutos do fim.

Jadson parece ter mudado o foco somente para as direitas, pegando mais uma para mostrar a potência do seu backside nas manobras. Nessa primeira, não conseguiu a virada e o show continua com os dois na mesma onda mandando aéreos sem completar. Jadson acabou quebrando sua prancha e ele troca por outra, perdendo tempo para sair do mar e voltar até o outside. Só que logo entra outra direita muito boa para ele, limpa, para mandar um batidão de backside e emendar outra debaixo do lip de cabeça pra baixo. Os juízes deram nota 8.53 que virou o placar para 16,46 a 16,10 pontos, menos de meio pontinho de diferença. O campeão recebeu um prêmio de 20.000 dólares e o vice ficou com 8.000 dólares.

“Eu quero dedicar essa vitória para todos os nativos aqui de Fernando de Noronha, onde sempre sou muito bem recebido a mais de 15 anos, então esta vitória aqui é pra todos vocês. Obrigado galera”, agradeceu Jadson, que foi carregado até o pódio pela torcida. “Se eu falar o que aconteceu comigo de dezembro até hoje, vocês vão pensar que eu to dramatizando essa situação. Antes de eu chegar em Noronha, desde a minha bateria de Sunset (em dezembro no Havaí), eu cai no mar só cinco vezes, por causa de lesão e uma bactéria que deu no organismo. Então, foi sinistro vir aqui e vencer esse campeonato e estou muito feliz por tudo. Obrigado a todos que acreditam em mim, que me apoiam, todos meus patrocinadores e obrigado a minha namorada também, que tem sido o meu amuleto nos quatro eventos que ela foi”.

O vice-campeão Yago Dora também fez grandes apresentações nas ondas da Cacimba do Padre. Ao contrário de Jadson André, que frequenta a ilha por mais de 15 anos, era a primeira vez que o catarinense competia em Fernando de Noronha e estreou muito bem. O grande momento foi na semifinal contra o também potiguar Italo Ferreira, que tinha acabado de fazer uma apresentação incrível de 18,20 pontos nas quartas de final e era um dos favoritos ao título do Oi Hang Loose Pro Contest. No último dia, Yago também tinha usado os aéreos de frontside nas esquerdas para derrotar o japonês Reo Inaba e não gostou muito do resultado final do evento, principalmente da nota da última onda do Jadson André que decidiu o título.

“Infelizmente, o resultado não foi o que eu esperava e eu tinha certeza que a nota do Jadson na última onda não valia 8,5. Eu até tava chegando pra marcar ele, mas é isso aí, às vezes os juízes caem na emoção e acabam presenteando a nota no final da bateria”, disse Yago Dora. “Mas, o Jadson quebrou, fez a parte dele e conseguiu virar no final. O campeonato foi animal e claro que eu queria ter ganhado, então estou um pouco amargo por causa disso, porque estou com o sentimento que ganhei e me tiraram a vitória. Mesmo assim, estou aqui em Noronha, é um lugar que eu amo e parabéns pro Jadson, que surfou muito o campeonato inteiro”.

CONFIRMADO PARA 2019

Depois de sete anos, o Oi Hang Loose Pro Contest retornou a Fernando de Noronha e a expectativa é de que permaneça por muitos e muitos anos. O diretor presidente da Hang Loose, Álfio Lagnado, que realizou sua primeira etapa válida pelo Circuito Mundial no longínquo ano de 1986 na Praia da Joaquina, em Florianópolis (SC), confirmou no domingo que a edição de 2019 está praticamente confirmada e que poderá ser ainda mais importante, com status máximo QS 10000 do WSL Qualifying Series.

“Estou muito contente por ter dado tudo certo nessa operação de guerra que é fazer um evento aqui e isso não tem preço, vale muito a pena. Esse lugar é um paraíso, dá altas ondas, a comunidade do surfe fica em êxtase, a Hang Loose também e espero não sair mais daqui. Agora a gente veio pra ficar”, prometeu Alfio Lagnado. “É difícil, é caro, mas se a gente conseguir firmar as parcerias que alinhamos com o Governo do Estado de Pernambuco, com o Secretario de Educação e Esportes, o deputado federal Felipe Carreras, a Oi, ou seja, tem uma turma que está muito afim que o campeonato fique, a Hang Loose também, então acho que vai continuar”.

TROFÉU JEAN DA SILVA

Além dos finalistas, quem também subiu ao pódio do Oi Hang Loose Pro Contest foi Samuel Igo, para receber o “Troféu Jean da Silva” oferecido pela Oi em homenagem ao catarinense falecido dois anos atrás que já foi campeão nos tubos de Noronha. O prêmio foi instituído esse ano para ser oferecido ao surfista que fizer a melhor performance durante todo o evento e ninguém conseguiu superar as marcas do paraibano no primeiro dia, quando ele recebeu a única nota 10 do evento num tubaço incrível na Cacimba do Padre.

Dos 144 participantes, apenas oito chegaram no último dia para disputar as quartas de final. O bicampeão mundial Gabriel Medina perdeu logo no primeiro confronto do dia para Jadson André e terminou empatado em quinto lugar com o sul-africano Adin Masencamp, o japonês Reo Inaba e o espanhol Aritz Aranburu, único que poderia conseguir um inédito bicampeonato em Noronha por ter vencido em 2007. Ele perdeu para Italo Ferreira, quando o potiguar fez a melhor apresentação do domingo, somando notas 9,27 e 8,93 no segundo maior placar do campeonato, 18,20 pontos. Italo dividiu o terceiro lugar com o americano Cam Richards.

SOBRE A WORLD SURF LEAGUE

A World Surf League (WSL) tem como objetivo celebrar o melhor surfe do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão.

A WSL vem realizando os melhores campeonatos do mundo desde 1976, realizando mais de 180 eventos globais que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Championship Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis, para coroar os campeões de todas as divisões do Circuito Mundial.

Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL tem uma enorme legião de fãs apaixonados pelo surf em todo o mundo, que acompanham ao vivo as apresentações de grandes estrelas, como Tyler Wright, John John Florence, Paige Alms, Kai Lenny, Taylor Jensen, Honolua Blomfield, Mick Fanning, Stephanie Gilmore, Kelly Slater, Carissa Moore, Gabriel Medina, Courtney Conlogue, entre outros, competindo no campo de jogo mais imprevisível e dinâmico entre todos os esportes no mundo.

RESULTADOS DO ÚLTIMO DIA DO OI HANG LOOSE PRO CONTEST:

Campeão: Jadson André (BRA) por 16,46 pontos (8,53+7,93) – US$ 20.000 e 6.000 pontos

Vice-campeão: Yago Dora (BRA) com 16,10 pontos (9,00+7,10) – US$ 8.000 e 4.500 pontos

SEMIFINAIS – 3.o lugar com 3.550 pontos e US$ 3.800:

1.a: Jadson André (BRA) 15.90 x 12.47 Cam Richards (EUA)

2.a: Yago Dora (BRA) 16.50 x 16.17 Italo Ferreira (BRA)

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar com 2.650 pontos e US$ 2.500:

1.a: Jadson André (BRA) 14.73 x 13.50 Gabriel Medina (BRA)

2.a: Cam Richards (EUA) 15.17 x 11.10 Adin Masencamp (AFR)

3.a: Yago Dora (BRA) 13.50 x 10.16 Reo Inaba (JPN)

4.a: Italo Ferreira (BRA) 18.20 x 9.93 Aritz Aranburu (ESP)


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