Florianópolis, 26/04/2024
Publicado em 20/02/2017
Os quadros de apneia podem atingir pessoas de todas as idades, incluindo crianças. A apneia obstrutiva do sono, que é a forma mais comum da disfunção, acontece durante o relaxamento dos músculos da garganta durante o sono. As vias respiratórias se fecham, interferindo na qualidade da respiração o que pode ocasionar redução do nível de oxigênio no sangue. Como o cérebro entende que há algo errado, ele faz com que a pessoa desperte e volte ao normal, porém esse quadro se repete várias vezes durante o sono e pode causar sérios problemas de saúde.
Durante a apneia, o paciente ronca e faz sons que fazem parecer que está sufocando. Como não consegue alcançar o estado de sono profundo, a pessoa fica sonolenta o dia todo.
Já a apneia do sono central acontece quando o cérebro não emite sinais para os músculos envolvidos no processo de respiração, o que pode fazer a pessoa acordar com falta de ar ou não conseguir dormir direito, causando também sonolência durante o dia.
Na apneia obstrutiva do sono, que é causada pelo bloqueio do canal respiratório, os principais motivos são o aumento das amígdalas, a obesidade e alterações do crânio ou da face. Na apneia do sono central, a insuficiência cardíaca é uma das causas mais comuns.
Existem alguns fatores de risco que aumentam a possibilidade da presença da apneia. No tipo obstrutivo, excesso de peso, circunferência do pescoço, estreitamento das vias aéreas, histórico familiar, consumo de álcool, alterações hormonais e congestão nasal estão entre os principais. Na do sono central, distúrbios cardíacos, AVC ou tumores cerebrais aumentam o risco.
Entre os principais sintomas, estão a sonolência excessiva de dia, o ronco em volume mais alto, boca seca ao despertar, dores de cabeça, insônia, acordar com falta de ar, irritação e nervosismo durante o dia, esquecimento e déficit de atenção.
O tratamento deve ser decidido pelo especialista conforme o histórico clínico de cada paciente. Para o diagnóstico, além de investigar os sintomas, o médico pode solicitar um exame chamado polissonografia, que monitora a atividade do corpo durante o sono.
Para quem possui alterações no crânio ou na face, a cirurgia ortognática pode ser uma boa indicação para solução do quadro. Além disso, a remoção de amígdalas e o uso de aparelhos odontológicos podem ajudar no alívio da apneia.
É possível também conviver com ela tomando cuidados específicos, como reduzir o consumo de bebida alcoólica, evitar o tabagismo, praticar exercícios físicos, perder peso e tratar a obstrução nasal.
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