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Florianópolis, 26/04/2024




POLITICA

Conselho de Ética da Câmara Municipal de Florianópolis tomou depoimento do vereador Badeko

Publicado em 29/05/2015


Conselho de Ética da Câmara Municipal de Florianópolis tomou depoimento do vereador Badeko



Nesta sexta-feira, 29 de maio, o Conselho de Ética da Câmara Municipal de Florianópolis tomou o depoimento do vereador Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko, que está afastado do Legislativo por determinação do Ministério Público.

Badeko é investigado pelo Conselho por quebra de decoro parlamentar conforme denúncia apresentada pelo vereador Afrânio Boppré, depois da Operação Ave de Rapina, deflagrada pela Polícia Federal.

O depoente começou respondendo sobre a tramitação do Projeto Cidade Limpa que estabelecia novas normas para a ordenação dos elementos que compõem a paisagem construída e natural do Município. Em 2013, ano em que a matéria tramitou na Casa Legislativa, o vereador Badeko, então relator da proposta na Comissão de Viação, Obras Públicas e Urbanismo, apresentou um substitutivo global que modificava significativamente o projeto.

“Deixei sempre claro que eu seria contra o Cidade Limpa. Quando você não está de acordo com o projeto que neste caso iria prejudicar a sociedade, você tem que ser contra sim. O nosso substitutivo foi aprovado, mas depois foi vetado pelo prefeito”, lembrou Badeko.

Segundo a Polícia Federal, a gravação de uma conversa entre o vereador e um empresário do ramo de publicidade comprovaria que Badeko pediu dinheiro para realizar as mudanças no projeto. O vereador afastado negou a acusação. “Nas gravações constam que eu não pedi nada para ele. Causa estranheza um empresário vir a esta Casa nos pedir apoio, gravar a conversar e entregar para a Polícia Federal. O Conselho tem que apurar isso”. As afirmações do depoente foram confirmadas pelo vereador Edmilson Pereira Junior (PSB), integrante do Conselho de Ética, que teve acesso às gravações, disponibilizadas pela Polícia.

Badeko admitiu que recebia ajuda de empresários para a realização de eventos beneficentes. “Não nego que me ajudaram com voto e também em várias causas sociais que eu organizava”. Em relação ao ex-presidente da Fundação Franklin Cascaes, João Augusto do Vale Pereira, mais conhecido por Guto, também indiciado na Operação Ave de Rapina, Badeko confirmou que fez a indicação dele ao cargo na Fundação. “Por ter nos apoiado na campanha para vereador, o Guto foi sim uma indicação minha com a autorização do prefeito. A única solicitação que fiz foi que colocassem na Fenaostra atrações locais porque estavam trazendo gente de fora e deixando os nossos de fora. É um equívoco envolver meu nome com a Franklin Cascaes”.

Quanto à interceptação telefônica em que aparece cobrando um valor do presidente do Bloco Carnavalesco Filhos da Lua, o vereador garantiu que estava solicitando o reembolso de uma ajuda que deu ao bloco que reúne cerca de 1200 pessoas todos os anos e recebe da Prefeitura o auxílio de R$ 20 mil. “Eu paguei as camisetas e seria ressarcido por isso. Ele me disse que dos R$ 20 mil tinham sobrado apenas R$ 2 mil e então disse para ele me pagar pelo menos esse valor, já que eu tinha ajudado com bem mais”.

O presidente do Conselho de Ética, vereador Dalmo Meneses (PP), encerrou o encontro destacando que o trabalho do Conselho é apurar os fatos com legalidade. “O Conselho de Ética atua de forma transparente, não vai sofrer nenhuma pressão ou interferência, até analisar todo o caso e chegar a uma conclusão justa”.









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