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História de Florianópolis
Antes do povoamento, pela Ilha de Santa Catarina passaram muitos navegadores para refrescar-se, retirando-se após o desejado descanso. Em 1536 passou pelo local Ruy Coschera, castelhano, procurando nele estabelecer-se. Gonçalo Mendoza, sobrinho de Dom Pedro de Mendoza, fundador de Buenos Aires, por ordem deste chegou à Ilha a fim de abastecer-se de comestíveis. Já então aí existiam plantações.



Álvar Núñez Cabeza de Vaca chegou à ilha em 2 de novembro de 1540, com uma expedição de 400 homens e 46 cavalos, destinada a socorrer os espanhóis de Assunção. No ano seguinte, Cabeza de Vaca toma o rumo do Paraguai, por terra, conduzindo pelo sertão o seu pequeno exército.

Os registros cartográficos holandeses, além de estarem anos à frente dos de origem ibérica, traziam também muitas referências quanto às tribos indígenas que habitavam as regiões demonstradas. As primeiras menções em mapas da Holanda aos índios Patos, além dos relatos dos primeiros navegadores portugueses que passaram pela atual Florianópolis no início do século XVII (inicialmente chamada de Porto dos Patos) e pelos bandeirantes paulistas, foram feitas por Jodocus Hondius em 1622, que mostrou o “R. Patus Plaia” e as “Seis Ilheas”.

Em compensação, o geógrafo não mostrou o contorno da ilha que hoje é a capital do estado de Santa Catarina, representada em seu atlas por uma península - apenas em 1631 Henricus Hondius vai revelar o formato da Ilha de Santa Catarina. Mesmo assim Jodocus Hondius não levou isso em conta em seu novo atlas de 1633. Willem Blaeu reproduziu também a ilha em 1635, seguido pelos cartógrafos holandeses Jan Jansson em 1650, Frederik de Wit em 1670, Petrus Berius em 1675, Carel Allard em 1680, Robert Mordern e novamente De Wit em 1688, e Nikolaus Visscher em 1698.

O povoamento da Ilha de Santa Catarina teve início entre 1651 e 1673 por iniciativa do bandeirante vicentista Francisco Dias Velho, que já havia acompanhado seu pai nas expedições que este fez ao sertão dos gentios dos Patos. Dias Velho enviou seu filho, José Pires Monteiro, com mais de 100 homens trazidos de São Paulo para estabelecer um empreendimento agrícola. Dias Velho, por sua vez, chegou em 1675, para reforçar a iniciativa. Esse pode ser considerado o período do início da póvoa de Nossa Senhora do Desterro. Mas há documentos e fatos que demonstram ter sido em 18 de abril de 1662 a data em que o fundador partiu de São Paulo.

Entre 1675 e 1678, edificou uma capela no mesmo local onde hoje se ergue a Catedral de Florianópolis. Em 1679 deixou a Ilha, e tudo expôs em requerimento que, então, da vila de Santos, dirigiu ao governador da Capitania.

Primeiros habitantes



A Ilha de Santa Catarina foi habitada pelo homem do sambaqui. Constituídos de caçadores e coletores, os grupos alimentavam-se basicamente de peixes e eventualmente de moluscos, empilhando, ao longo do tempo, pequenos montes e verdadeiras "montanhas" de moluscos. Não eram restos de alimentos como muitos pensavam e ainda pensam, mas (conforme estudos da UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina), foram construções do homem pré-histórico. Esses montes de conchas calcificados são chamados de sambaqui na língua nativa ("monte de conchas") e constituem uma das mais importante fontes das informações sobre as populações pré-históricas.

Em seguida vieram os tupi-guaranis. Divididos em várias tribos e aldeias, ocuparam a maior parte da área litorânea e foram chamados de Carijós pelos europeus que aqui chegaram. Tudo indica que estes índios tenham vindo da região que hoje é o Paraguai.

Eles já conheciam a agricultura, eram sedentários e tinham na pesca a atividade básica para sua subsistência. Recebem os brancos como grande cordialidade e curiosidade, não manifestando qualquer hostilidade. Por isso, é que mais tarde são aprisionados pelos portugueses e vendidos como escravos nos mercados de São Vicente e Bahia de Todos os Santos.

Nomes de algumas regiões florianopolitanas como Pirajubaé, Itaguaçu, Anhatomirim, são uns dos referenciais históricos deixados por eles. Meiembipe, ou "lugar acima do rio" e Yurerê-Mirim, ou "bem pequena", eram denominações que os Carijós usavam para chamar sua terra.

O gradual extermínio destas tribos indígenas no litoral catarinense começa a acontecer no final do século XVII, devendo-se à escravidão e à fraca resistência às doenças trazidas pelos europeus, tais como gripe, sarampo, varíola, tuberculose, etc. Apesar dos esforços do missionários jesuítas espanhóis e portugueses para salvá-los, aos Carijós restou o último papel: serem escravos dos europeus nos engenhos que aqui começavam a ser instalados.

A Fundação do Povoado



Os primeiros colonizadores a se instalarem em Florianópolis foram desertores de algumas expedições marítimas. Entretanto, a fundação da cidade propriamente dita só foi ocorrer a partir de 1675. Foi neste ano que chegou à ilha o bandeirante Francisco Dias Velho, que além de impulsionar o surgimento da cidade, acabou tendo um fim trágico, digno de um filme de aventuras. Com Dias Velho vieram sua esposa, três filhas, dois filhos, outra família agregada, dois padres da Companhia de Jesus e mais 500 índios domesticados.

Em 1739, precisamente em 7 de março, aportou na ilha de Santa Catarina o brigadeiro José da Silva Pais, nomeado primeiro governador da Capitania de Santa Catarina. Trazia a missão de construir fortificações que dessem ao porto uma base segura, para defesa da costa ao Sul e ao Norte e, ao mesmo tempo, presidir a colonização sistemática da região. Com essa finalidade, o governo português determinou, por meio de editais, aliciar colonos nas ilhas dos Açores, Madeira e outras, transportando-os para Santa Catarina.

A Provisão Régia de 9 de agosto de 1747 providenciou as medidas necessárias para essa colonização.

O povoado bandeirante fundado por Dias Velho tornou-se município em 23 de março de 1726. Nessa ocasião, a capitania de Santa Catarina já existia desde 11 de agosto de 1738. Nesse tempo, já eram municípios também São Francisco do Sul (desde 1660) e Laguna (desde 1714, embora instalado apenas em 1720).Em 11 de agosto de 1738 foi criado o primeiro governo regional do Sul do Brasil, em Santa Catarina.

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