Publicado em 27/11/2023
O mercado de tecnologia movimenta a economia e tem transformado negócios em todo o mundo. Tendências como o BPO - business process outsourcing, termo que pode ser traduzido como terceirização de processos de negócios - ganham cada vez mais força, é o que revela o estudo IT BPO Market by Type and Geography - Previsão e Análise 2022-2026, publicado pela Technavio. De acordo com o levantamento, o mercado de terceirização de processos deve movimentar US $ 281,25 bilhões até 2026, com 8,12% CAGR (índice que mede o retorno no investimento). Fabiano dos Santos, CEO do Grupo Verante, destaca que o BPO é uma estratégia de negócios inteligente que alia eficiência e redução de custos quando o assunto é a governança de patrimônio em grandes empreendimentos.
“É uma tendência global e que está presente em diferentes segmentos produtivos, desde o agronegócio até a indústrias ligadas à manutenção e infraestrutura. A operação está cada vez mais enxuta e a terceirização de processos tornou-se comum. Na Eletrobrás, por exemplo, o setor de patrimônio, que há duas décadas contava com 180 pessoas, hoje tem 10 profissionais, além das soluções de tecnologia, para gerir as áreas da indústria de energia. BPO não é o futuro, já é o presente e a tendência, conforme apontado pela pesquisa da Technavio, é de crescimento desse mercado”, prevê.
O BPO na gestão de ativos imobiliários contempla os aspectos legais, ambientais e fundiários das propriedades. Contar com tecnologias customizáveis à necessidade do negócio e com profissionais especializados em Real Estate são fatores essenciais para o sucesso da terceirização de processos no segmento de imóveis. “Muitas vezes lidamos com propriedades espalhadas em território nacional, por isso a solução deve se adequar às legislações locais, sem perder de vista os aspectos ligados à sustentabilidade. Há de se destacar também que é possível identificar oportunidades de negócios dentro de propriedades consideradas ‘inservíveis’ para o ramo principal do negócio”, aponta Fabiano.
Oportunidades para acessar recursos nacionais internacionais com projetos especiais
Durante a última edição do 4X - 4Asset Experience, promovido pelo Grupo Verante, Raimundo Deusdará Filho, da GEDAS Consultoria, apontou as potenciais parcerias para acessar recursos para projetos especiais em âmbito internacional, como o Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido (DEFRA UK); Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID); Agência Alemã de Cooperação Técnica (GIZ); Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), entre outras. Os recursos para essa finalidade no âmbito nacional podem ser acessados através das fundações de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico nos Estados; Fundos nacionais como o do Meio Ambiente (FNMA); o Para a Mudança do Clima (FNMC); o para a Educação (FNDE); e o de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT); além de iniciativas do BNDES e programas como o Petrobras Socioambiental e Nossa Energia.
“Para que essas oportunidades de negócios sustentáveis sejam eficazes, é essencial que haja governança adequada e regulamentação que promova a responsabilidade ambiental e social das empresas. Além disso, a transparência e consulta às comunidades locais são cruciais para que os benefícios sejam distribuídos de maneira justa, reduzindo os impactos negativos da operação principal”, orienta Deusdará.
Fabiano ressalta que a possibilidade de atrair investimentos com projetos sustentáveis contribui para promover uma mudança de mentalidade no mercado de governança e gestão de ativos. “Entender o patrimônio como um ativo de valor contribui para a operação; para a rentabilização de ativos inservíveis; melhor eficiência no monitoramento e redução do custo com impostos indevidos. Tratar as questões relacionadas aos bens imóveis como ativos de valor é uma estratégia de negócio inteligente e rentável. No país, ainda muitas empresas que tratam suas terras como item de ‘suprimento’, é preciso mudar essa mentalidade com urgência. Há oportunidades e maneiras de mitigar os riscos na operação e ainda recuperar áreas degradadas, preservação de recursos naturais, entre outros. O primeiro passo está na governança desses ativos imóveis”, aponta.
Divulgação Fabiano dos Santos - CEO do Grupo Verante |
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