Florianópolis, 26/04/2024
Publicado em 27/04/2021
Três novas variantes do novo coronavírus foram confirmadas no estado de São Paulo por testes diagnósticos realizados pelo Instituto Butantan. As novas cepas foram encontradas na Baixada Santista e nas cidades paulistas de Itapecerica da Serra e Jardinópolis.
Em Itapecerica da Serra, foi confirmada a presença da variante B.1.318, encontrada na Suíça e no Reino Unido.
Já na Baixada Santista foi encontrada a variante sul-africana B.1.351, já identificada anteriormente na cidade de Sorocaba.
E em Jardinópolis foi encontrada a N9, uma mutação da variante amazônica P1, já observada em vários estados brasileiros.
Segundo o Butantan, a variante sul-africana é a que mais preocupa. As outras duas são, por enquanto, variantes de interesse, ou seja, elas são monitoradas com atenção, mas ainda não indicam um possível agravamento da pandemia.
O instituto diz que ainda é cedo para afirmar que essas variantes são mais transmissíveis ou mais agressivas do que as variantes brasileiras P1 e P2.
“Esses estudos mostram que tem muita variante em São Paulo. Precisamos de políticas de contenção e respeitar o distanciamento para que a gente não fique espalhando variantes”, disse, em nota, a vice-diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Instituto Butantan, Maria Carolina Quartim Barbosa Elias Sabbaga.
Segundo o Butantan, as mutações do novo coronavírus indicam que a pandemia está longe de ser controlada. Por isso, é fundamental o uso de máscara, a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel e manutenção do distanciamento social.
Segundo a Secretaria da Saúde, três variantes são consideradas atualmente de atenção em todo o mundo devido às evidências de aumento de transmissibilidade ou de gravidade. São elas a P1 (Manaus), a B.1.1.7 (do Reino Unido) e a B.1.351 (que surgiu primeiramente na África do Sul).
Estudos têm demonstrado que a CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac, é eficaz contra a mutação D614G, que predomina atualmente no mundo e é comum às linhagens B.1.1.28 (da qual derivam as variantes P.1 (amazônica) e P.2 (surgida no Rio de Janeiro) e B.1.1.33 (da qual deriva a variante N9).
Um estudo preliminar feito em mais de 67 mil profissionais da saúde de Manaus que tiveram diagnóstico confirmado de covid-19 comprovou que a a vacina tem 50% de eficiência contra a variante P.1, após 14 dias de aplicação da primeira dose.
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