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Câncer de mama: Santa Catarina pode registrar 4 mil novos casos da doença em 2024

Publicado em 27/09/2024


Câncer de mama: Santa Catarina pode registrar 4 mil novos casos da doença em 2024



Mastologista Marcelo Prade destaca que além do autoexame, acompanhamento médico, o estilo de vida é um fator importante na prevenção da doença

O décimo mês do ano carrega consigo mais que uma campanha de prevenção e conscientização sobre o câncer de mama, mas sim um alerta para que todos os meses do ano sejam de atenção. No entanto, é claro, que durante o Outubro Rosa, são realizadas ações e atividades para chamar a atenção sobre a doença, ainda mais que, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), Santa Catarina deve registrar 39.600 novos casos de câncer só em 2024, deste total, 3.860 são de mama. Em Florianópolis, a incidência é de 340 novos casos, só neste ano.

Especializado em mastologia e reconstrução de mama desde 2021, o médico Marcelo Prade ressalta que além do autoexame e acompanhamento com um profissional, o estilo de vida é um fator importante quando o assunto é prevenção.

“A medicina está em constante evolução, tanto que é possível, em muitos casos, fazer o rastreamento e identificação das lesões, antes mesmo da formação de nódulos nas mamas. Mas, medidas preventivas são fundamentais. E pequenas atitudes como manter um estilo de vida saudável, reduzindo a ingestão de embutidos, mantendo uma alimentação mais natural, controlando o peso e praticando atividades físicas regularmente, podem ajudar nessa prevenção”, ressalta.

Prevenção o ano todo

O médico explica que a prevenção do câncer de mama não deve ser realizada somente no Outubro Rosa, mas sim o ano todo. “É comum em outubro, ainda mais graças às campanhas de conscientização, falar sobre a doença com mais incidência em mulheres, depois do câncer de pele não melanoma”, destaca o médico que faz parte da equipe de mastologia do Cepon, em Florianópolis.

Durante o mês são promovidas diversas campanhas que incentivam a realização de exames de rotina, como o autoexame, mamografia e ultrassom de mamas. Porém, segundo o mastologista, esses dois últimos devem ser realizados anualmente, ou conforme a idade e os fatores de risco.

“Creio que esse mês seja fundamental para desmistificar tabus, um deles é que a doença pode afetar também os homens também, incentivar a realização de exames que podem ajudar no diagnóstico precoce e aumentar a qualidade de vida do paciente até a cura da doença”, destaca.

O médico compartilha que além dos profissionais na área da oncologia e mastologia, é fundamental o apoio de uma equipe multidisciplinar, com psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, radiologistas, radioterapeuta e terapia ocupacional.

Autoestima feminina na retirada das mamas

Prade explica que a mastologia tem evoluído muito, e se antes era preciso fazer uma mastectomia, ou seja, a retirada total da mama, agora é possível, em alguns casos, realizar procedimentos menos invasivos.

“É importante destacar que cada caso é único, no entanto, sabemos que a retirada da mama não é mais uma obrigatoriedade para o tratamento. Em muitos casos, cirurgias menores permitem que a paciente se recupere mais rápido e não tenha deformidades na mama, o que ajuda na melhora da qualidade de vida dela”, salienta o médico.

Porém, quando a cirurgia plástica é necessária, podem ser realizados procedimentos como a mamoplastia, que tem como objetivo alterar o formato e o volume das mamas, a fim de deixá-las mais harmoniosas, a colocação de prótese de silicone, lipoaspiração e colocação de gordura, que permitem um tratamento oncológico de qualidade. Para o especialista, essas técnicas, além de proporcionar uma melhora na autoestima das pacientes, são fundamentais para o aumento do bem-estar durante esse momento tão delicado.

 “Quando é necessário fazer a mastectomia, já é realizada a reconstrução da mama na mesma cirurgia. Ainda mais, que em algumas situações ocorre uma queda de cabelos em decorrência da realização da quimioterapia. São situações que impactam na feminilidade e imagem da mulher. Por isso, focamos em tecnologia para que possamos melhorar essas sequelas do tratamento e dar apoio e acolhimento”, completa.









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