Publicado em 07/07/2021
Agora, a GreenB Biological Solutions, uma startup de Criciúma, está desenvolvendo uma máquina para poder colocar a tecnologia no mercado. “Depois desta fase, a zeína poderá ser produzida em escala, podendo ser usada em inúmeras aplicações”, explicou Roseli Jenoveva Neto, cofundadora e gestora de Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da GreenB.
De acordo com Roseli, a startup queria desenvolver alguma inovação para a produção de bioplástico que substituísse o plástico fóssil, que demora a degradar e polui o meio ambiente. “Pensávamos também em alguma fonte que fosse inesgotável, como os resíduos da agroindústria”, acrescentou.
Com base nessa ideia, a GreenB começou a buscar pesquisas que pudessem gerar uma inovação. E chegaram ao trabalho desenvolvido pelo professor do IQSC-USP Sérgio Yoshioka. “Além de ser mais eficiente, nossa técnica é mais barata, simples e rápida que a utilizada atualmente para extrair zeína dos resíduos dos grãos de milho”, informou Yoshioka. Um pedido de patente verde já foi submetido ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) pela startup.
Por ser uma proteína, a zeína é biodegradável e compostável. “Pode até comer”, ressaltou o professor. Ela poderá ser usada em inúmeras aplicações, como, por exemplo, em copos ou hastes de cotonetes descartáveis. Também poderá ser usada como filme para revestir alimentos e evitar a contaminação pelas bactérias, aumentando o tempo de prateleira dos produtos. Inúmeras soluções estão sendo pesquisadas.
A GreenB Biological Solutions está incubada na Colearning SATC. Lá está sendo desenvolvida e montada uma fábrica-piloto para a extração da zeína dos grãos de milho ou de seus resíduos. Posteriormente, poderá ser adaptada para que a matéria prima seja, por exemplo, resíduos da agroindústria da usina de etanol de milho ou da fábrica de amido de milho.
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