Publicado em 01/07/2015
O sangue do cordão umbilical, rico em células-tronco, apresenta importantes resultados clínicos para o tratamento de algumas doenças. No Brasil, assim como em todo o mundo, centros de pesquisa desenvolvem constantemente estudos de ponta sobre células-tronco, o que tem colocado o país no caminho certo para a obtenção de bons resultados clínicos nesse sentido. De acordo com dados do Banco de Cordão Umbilical, de janeiro a abril deste ano, o número de famílias que optaram por coletar e armazenar o sangue do cordão umbilical dos seus filhos cresceu 148%, em relação ao mesmo período em 2014.
Segundo a Fundação Parent's Guide to Cord Blood, as células-tronco são utilizadas para o tratamento de 79 tipos de doenças, sendo que, destas, 36 enfermidades já se encontram em fase de aplicação em voluntários humanos. Para o médico hematologista da Criogênesis, Dr. Nelson Tatsui, a terapia celular é uma realidade e tem um futuro promissor. “Dentre as principais doenças, para as quais as células-tronco tem se mostrado benéficas, estão a Leucemia, Talassemia e Linfomas. Atualmente, há mais de 250 doenças em estudo que poderão ser tratadas com este material. A expectativa é que pesquisas também comprovem a eficiência do material no controle de Diabetes Tipo 1, AIDS, AVC, enfarte e até lesões na coluna e doenças degenerativas (como mal de Alzheimer e mal de Parkinson), além de problemas pulmonares”, avalia.
Observa-se, ainda, o constante movimento científico e clínico dos bancos privados com finalidade autóloga (para o próprio bebê) e familiar, bem como, a ampla evolução nas pesquisas sobre o uso do sangue e tecido de cordão umbilical, como explica Tatsui: “é possível usar as células-tronco da medula óssea, do sangue periférico ou do sangue do cordão umbilical no tratamento de doenças. Vários tecidos já foram obtidos por meio da cultura programada de células-tronco, tais como: hepático, cardíaco, neuronal, ósseo e muscular. Com isso, o sangue de cordão umbilical poderá vir a ser a fonte inesgotável de recursos biológicos na área de engenharia de tecidos”, ressalta. “No entanto, em virtude da falta de doador compatível, é imprescindível que a futura mamãe considere a coleta de sangue de cordão umbilical para doação ou para guardar para o uso da própria família”, finaliza.
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