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Florianópolis, 25/04/2024




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Cerveja de pinhão sustentável chega ao mercado nacional

Publicado em 03/07/2015


Divulgação
Cerveja de pinhão sustentável chega ao mercado nacional



Semente da araucária foi extraída segundo padrões que permitem a conservação da floresta nativa. A bebida é produzida sazonalmente, apenas quando a extração do pinhão é autorizada.

Neste inverno o pinhão estará nos supermercados do Sul e Sudeste do país de uma maneira diferente. Uma cerveja produzida no interior do Paraná carrega o sabor e o aroma da semente típica dessa época do ano. A cervejaria Insana, responsável pela bebida, uniu-se ao Araucária+, iniciativa conduzida pelas fundações CERTI – Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras e Grupo Boticário de Proteção à Natureza, para criar uma cerveja de pinhão que gera conservação.

Além de ser uma novidade para os consumidores, a bebida é feita com pinhões produzidos de acordo com padrões sustentáveis, que ajudam a proteger a Floresta com Araucárias, ecossistema associado à Mata Atlântica e que possui menos de 3% de sua cobertura original.

A bebida é produzida sazonalmente, apenas quando a extração do pinhão é autorizada. Para 2015 foram envasadas 45 mil garrafas, que têm como destino principalmente os mercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Cerca de 800 kg de pinhão proveniente do planalto serrano de Santa Catarina foram utilizados na cerveja, que passou por cinco anos de testes antes de se tornar realidade.

“Acreditamos que o mercado brasileiro está cada vez mais preocupado com o impacto dos produtos no meio ambiente, por isso estamos apostando nessa cerveja. Além de contribuir para conservar uma floresta extremamente ameaçada, também valoriza um produto regional do Sul, reforçando nossa cultura”, afirma Paulo Reis, gestor da cervejaria Insana.

O padrão sustentável desenvolvido pelo projeto Araucária+ se baseia em medidas como a retirada do gado, caso os produtores possuam, da área vinculada à produção sustentável, pois o pisoteio desses animais prejudica o crescimento de novas plantas, impedindo a regeneração da floresta. Os proprietários também se comprometem a não realizar queimadas, nem utilizar agrotóxicos para controle de sub-bosque, por exemplo. “Essas ações têm como objetivo reduzir os impactos gerados nas áreas de floresta nativa, contribuindo para a sustentabilidade da cadeia”, explica Guilherme Karam, coordenador de estratégias de conservação da Fundação Grupo Boticário. Além dessas ações, o coordenador ressalta também um cuidado a ser observado durante a coleta do pinhão: “os produtores não podem extrair as pinhas verdes e devem deixar 20% delas nos pinheiros para não prejudicar a disponibilidade desse alimento para aves e roedores, além de permitir a regeneração natural da espécie”.









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