Publicado em 06/09/2021
O agronegócio de Santa Catarina estará presente na maior feira do setor da América Latina, a Expointer, que iniciou no último sábado, 4, e vai até o dia 12, em Esteio (RS).
Mas esta edição traz uma novidade: pela primeira vez em 20 anos, os produtores de Santa Catarina que levarem bovinos para exibição no evento poderão trazê-los de volta ao estado.
A mudança se dá após o Rio Grande do Sul ser reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação, mesmo status conquistado pelos catarinenses em 2007.
"Esse é um marco histórico para os produtores de Santa Catarina. Muitos pecuaristas já levavam seus animais para a Expointer, inclusive ganhando prêmios importantes, porém não era possível retornar ao estado. Entramos agora em uma nova fase, com nossos vizinhos também reconhecidos como área livre de febre aftosa sem vacinação, e temos certeza de que isso abrirá muitas portas para o agro catarinense", afirma o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva.
A abertura das fronteiras para o trânsito de animais aumentou ainda mais o interesse dos produtores catarinenses pela Feira. Este ano, são 237 animais de propriedades catarinenses inscritos na Expointer, sendo 77 bovinos, 85 ovinos, 48 equinos e 27 caprinos.
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) ressalta que os animais que não forem comercializados na Expointer poderão retornar a Santa Catarina desde que os critérios sanitários para cada espécie sejam obedecidos - garantindo a rastreabilidade e a proteção do agronegócio catarinense.
É importante destacar que os bovinos nascidos em Santa Catarina possuem um brinco de identificação individual, que permite o controle de entrada e saída de cada animal.
"Os produtores devem ficar atentos a algumas questões: os animais devem possuir os exames negativos de brucelose e tuberculose, estar com os brincos de identificação de Santa Catarina e com a Guia de Trânsito Animal (GTA) válida para o retorno ao estado", lembra o diretor de Defesa Agropecuária da Cidasc, Diego Torres Severo. Além disso, o veículo de transporte dos animais deve ser lacrado na origem e deslacrado no destino.
Para o setor produtivo, a liberação do trânsito para a maior feira de agronegócio da América Latina traz um incentivo extra para os pecuaristas de Santa Catarina. "Essa medida atende a um pedido dos criadores e facilita o trânsito de animais, dentro das normas de segurança.
A restrição ao retorno dos animais não se justificava mais porque Santa Catarina e Rio Grande do Sul ostentam, agora, o mesmo status sanitário. Evidente que o expositor catarinense, na maioria das vezes, deseja comercializar seus animais na feira, mas quando não vender ou não desejar vender, terá o retorno garantido", ressalta o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo.
Os catarinenses que visitarem a Expointer contam ainda com um ponto de encontro dentro do Parque Assis Brasil. Há 43 anos, Santa Catarina mantém a Casa do Produtor Catarinense, localizada na área central do parque.
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