Publicado em 09/09/2020
Trata-se de um passo importante, que abre caminho para a venda fatiada da operadora em cinco unidades produtivas isoladas (UPIs): ativos móveis; torres; infraestrutura; TV por assinatura; e data centers. Vale lembrar que os favoritos para a compra da UPI de ativos móveis são Claro, TIM e Vivo, que apresentaram uma proposta conjunta vinculante que foi aceita pela Oi, o que lhes garante o direito de cobrir qualquer nova proposta que apareça durante o processo competitivo judicial do referido ativo, previsto para dezembro deste ano. As três concorrentes estão dispostas a desembolsar ao todo R$ 17,3 bilhões, valor que inclui contratos de serviços firmados com a Oi.
As modificações propostas no plano de recuperação foram aprovadas por 99,9% dos credores da classe trabalhista; 100% daqueles da classe com garantia real; 96,84% daqueles da classe de quirografários; e 99,2% daqueles da classe de microempresas.
A AGC transcorreu ao longo de 12 horas, sendo iniciada às 11h e concluída pouco depois das 23h. A assembleia foi interrompida diversas vezes para negociações de última hora e análises de questões de ordem. Representantes dos bancos credores Itaú, Caixa Econômica e Banco do Brasil solicitaram a suspensão da AGC por 30 dias, por não concordarem com algumas das modificações do plano que afetarão o montante a ser recebido por eles. O pedido não foi atendido, com a justificativa de que já houve decisão judicial contrária e porque feriria a lei, que exige a expressa anuência da devedora para tal adiamento, o que não houve.
Fonte: Fernando Paiva/Mobile Time
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