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Florianópolis, 20/04/2024




TECNOLOGIA

Startup catarinense vai produzir tecido pulmonar in vitro para testes de Covid-19

Publicado em 29/06/2020


Startup catarinense vai produzir tecido pulmonar in vitro para testes de Covid-19

A Fapesc conseguiu viabilizar R$ 1 milhão em recursos em dois editais para incentivar soluções e pesquisas no combate à pandemia e seus feitos. A produção de tecido pulmonar in vitro é uma das cinco propostas aprovadas na chamada pública destinada às empresas.




Bactérias que produzem material orgânico para garantir a multiplicação de células humanas e tecidos feitos em laboratórios que simulam pequenas partes do corpo.

As cenas que parecem de um filme de ficção científica são, na verdade, resultado de pesquisas de ponta realizadas em Florianópolis e que podem colocar Santa Catarina no mapa das soluções inovadoras no combate à Covid-19. A partir de agora, a startup Biocelltis, referência na produção de pele humana in vitro, passará a fazer tecido pulmonar, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc).

O material servirá para analisar a ação do novo coronavírus no pulmão, assim como confirmar a eficiência de medicamentos na cura da doença. O tecido será produzido em três dimensões (3D), permitindo maior semelhança ao órgão humano.

A iniciativa foi aprovada no edital 07/2020 da Fapesc para fomento de soluções contra a pandemia e seus efeitos. A empresa receberá R$ 95 mil para elaboração do produto, que será desenvolvido em parceria com o Departamento de Biotecnologia da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo a diretora de Operações da Biocelltis e coordenadora do projeto, Fernanda Vieira Berti, a ideia surgiu a partir de uma necessidade global de criação de um modelo para os testes pré-clínicos que realmente simule como o medicamento age no tecido pulmonar. “Pensamos que a nossa plataforma seria um produto potencial para que se possa fazer essa avaliação. Temos o biomaterial, que é padrão, mas que pode ser direcionado para a construção de diversos tecidos em laboratório”, explica a pesquisadora.

Fernanda destaca ainda que no Brasil é muito comum o uso de cultura de células em 2D, analisadas em uma lâmina e que apresentam características distintas do ser humano. Já os materiais em 3D seriam mais apropriados para os testes envolvendo medicamentos por serem mais semelhantes ao corpo. Com essa alteração de formato é possível reduzir a diferença dos resultados entre as análises feitas em laboratórios e as pesquisas clínicas, realizadas diretamente nos pacientes.

A CEO da Biocelltis, Janice Koepp, explica ainda que reconstruir tecido humano é uma inovação e que grandes empresas dominam o mercado. "Hoje no Brasil são poucas as indústrias de biotecnologia, e muito poucas ainda no ramo que nós atuamos, que são produtos para a saúde, cosméticos e veterinários”, salienta.









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