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ESPORTES

O que pode acontecer se o futebol brasileiro não voltar em 2020?

Publicado em 18/05/2020


CBF
O que pode acontecer se o futebol brasileiro não voltar em 2020?



Os campeonatos europeus de Futebol estão retornando pouco a pouco, conforme a pandemia da COVID-19 vai sendo controlada no Velho Continente. Isso anima os torcedores e amantes do esporte em todo o mundo, que veem crescer suas esperanças de voltar a assistir a jogos de seus clubes favoritos.

No Brasil, contudo, o cenário ainda é incerto. Apesar da pressão do Presidente da República, Jair Bolsonaro, em acelerar o retorno dos torneios, a opinião de jogadores, de dirigentes das equipes e de Governadores Estaduais está dividida. 

No Rio Grande do Sul, por exemplo, foi aprovado o retorno do Campeonato Gaúcho, que deve ser finalizado entre julho e agosto de 2020. Os 12 times da Federação aprovaram com unanimidade a volta do torneio.

Ao mesmo tempo, o Presidente do Grêmio, clube gaúcho, mostra-se preocupado com a ausência das competições maiores, como a Libertadores da América e o Brasileirão. Para Romildo Bolzan, se não houver uma retomada do Futebol nacional ainda em 2020 e o mais brevemente possível, é muito provável que o esporte no país vá completamente à falência.

Esse cenário desolador, em que os clubes brasileiros se veem praticamente sem receitas, liga o sinal de alerta para o estado precário do esporte no país. Sem contratos de TV, sem venda de produtos licenciados e sem as rendas dos jogos, é mesmo provável que o Brasil esteja próximo de ver o seu maior espetáculo esportivo ir para a lona.

Já está confirmado, segundo o próprio Bolzan, que a Libertadores não volta pelo menos até setembro. A CBF, por outro lado, estuda mais de 30 cenários possíveis para retomar o Brasileirão. Estratégias e planos não faltam, porém tudo vai depender de como o país inteiro vai lidar com a pandemia pelos próximos dois meses.

Casas de apostas podem deixar de investir nos clubes brasileiros

Tem se acompanhado desde o início de 2019 uma explosão no número de times de Futebol patrocinados por casas de apostas no Brasil. Ao final da temporada anterior, quase duas dezenas de equipes ostentavam o nome de uma casa de apostas esportivas em seu uniforme.

Esse modelo de patrocínio surgiu em um momento financeiro complicado para muitas equipes, o que deu uma injeção de dinheiro interessante aos cofres dos clubes. Além disso, esses contratos de patrocínio incluem, indiretamente, a exposição das marcas das equipes em sites no exterior, aumentando o valor que essas entidades têm fora do Brasil.

Com a pandemia da COVID-19 é possível que o cenário dos patrocínios sofra uma reviravolta negativa. As próprias casas de apostas sentiram um baque pesado com a interrupção das competições esportivas em todo mundo, e neste momento elas certamente devem reavaliar seus negócios ao redor do globo.

Perder esse tipo de contrato seria um golpe ainda mais duro em 2020 para o Futebol nacional. Sem praticamente nenhuma fonte de renda, os clubes provavelmente terão de recorrer a ajudas bancárias para manterem seus quadros de funcionários, atletas e fornecedores. O que significa aumentar ainda mais a cota de endividamento, que já é elevada.

Venda de betting rights alivia o prejuízo do momento, mas não é suficiente

Muito recentemente os direitos de transmissão de jogos do Brasileirão foram vendidos a um consórcio britânico, que repassará vídeos e imagens a casas de apostas estrangeiras. Logo, os jogos do maior campeonato de Futebol do país poderiam ser transmitidos na íntegra por sites de apostas esportivas.

O contrato fechado às pressas em abril determinou um pagamento imediato de US$ 15 milhões aos clubes, dividido igualmente entre as equipes do campeonato. O que nem de longe resolve a situação financeira dessas entidades.

Os clubes ainda receberiam um valor anual baseado no lucro que o consórcio britânico teria junto às casas de apostas. Contudo sem jogos do Brasileirão para transmitir, dificilmente sairá mais dinheiro desse negócio.

Mesmo que os jogos voltem a acontecer, é muito provável que isso aconteça com portões fechados. Sem público, perde-se milhões em renda com ingressos por mês. Outro ponto a ter atenção é as vendas de jogadores para a Europa, que podem ocorrer com menos frequência a partir de agora.

De fato, o panorama para o esporte é complicado. Os próximos 3 meses serão decisivos na definição do futuro do Futebol, e será necessário que os dirigentes tenham muito jogo de cintura para lidarem com a situação financeira de seus clubes.









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