Florianópolis, 20/04/2024
Publicado em 22/01/2020
Na segunda-feira (20), a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado de Santa Catarina (Dive/SC) emitiu Nota de Alerta após o registro de 64 óbitos suspeitos de Febre Amarela em primatas não humanos (macacos). Embora as notificações estejam concentradas nas regiões do Planalto Norte e Médio Vale do ItajaÃ, o alerta se estende para todo o estado.
Com a chegada do verão, período de maior ocorrência de doenças transmitidas por mosquitos, como a febre amarela, o Ministério da Saúde alerta a população para tomar a vacina contra a doença. O recado é focado principalmente para a população que mora nas regiões Sul e Sudeste do país devido à confirmação de 38 mortes de macacos (epizootia) nos estados do Paraná (34), São Paulo (3) e Santa Catarina (1).
No total, 1.087 notificações de mortes suspeitas de macacos foram registradas no país. Os dados são do último boletim epidemiológico publicado nesta quarta-feira (15) pelo Ministério da Saúde, que apresenta o monitoramento da doença de julho de 2019 a 8 de janeiro deste ano. O alerta se dá porque as regiões possuem grande contingente populacional e baixo número de pessoas vacinadas, o que contribui diretamente para os casos da doença.
Saiba mais sobre a doença
A Febre Amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), que pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente.
Os casos da doença no Brasil são classificados como Febre Amarela Silvestre ou Febre Amarela Urbana, sendo que o vírus transmitido é o mesmo, assim como a doença que se manifesta nos dois casos, a diferença entre elas é o mosquito vetor envolvido na transmissão.
Na Febre Amarela Silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus e os macacos são os principais hospedeiros; nessa situação, os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada adentra uma área silvestre e é picada por mosquito contaminado. Na Febre Amarela Urbana o vírus é transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti ao homem, mas esta não é registrada no Brasil desde 1942.
Os sintomas iniciais incluem febre, calafrios, dor de cabeça, dor nas costas, dores no corpo em geral, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.
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