Florianópolis, 20/04/2024
Publicado em 01/04/2019
O objetivo do jogo é, virando cartas, conseguir ficar o mais próximo possível dos 21 pontos, com o valor de carta representando o número de pontos respetivo (as figuras valem 10 pontos e o ás vale 1 ou 11). Se sua mão tiver 22 pontos, diz-se que “rebentou” e perdeu o jogo. Esse é um dos jogos que os brasileiros podem acessar legalmente em sites de jogos de cassino internacionais, que podem ser encontrados no cassinosbrazil.com.br e outros.
Será que Santa Catarina pegou uma mão de 22 pontos e seu “jogo” vai rebentar?
Liberação de cassinos aguarda desenvolvimentos
Os comentaristas estavam esperando desenvolvimentos na questão da liberação dos jogos de azar, com o início do mandato do presidente Jair Bolsonaro. Apesar de seu eleitorado de origem ser, por princípio, contra os jogos de cassino (como ele próprio já declarou ser), a pressão do setor turístico junto com as necessidades de receita e a transformação tecnológica abria algumas perspectivas.
O fato de cada cidadão poder acessar um cassino, de forma legal, através de seu computador ou seu celular vem sempre pesando na decisão de liberar ou não. E a própria orientação econômica, com forte inclinação liberal, dos conselheiros do presidente apontaria nesse sentido.
Já foi apresentado o PL 530/19, por Paulo Azi (DEM-BA), que retoma ideias centrais que vinham sendo debatidas durante os mandatos de Dilma e Temer. Especialmente a possibilidade de todos os estados poderem receber ao menos um “cassino resort”, para dinamizar o turismo.
A mão de jogo de Santa Catarina parece forte. Mas, e se o rumo da liberação for outro?
O caminho da liberação parcial
Existem vários fatores concorrendo para que a tão sonhada (ou temida, dependendo do ponto de vista) liberação dos cassinos seja muito mais limitada que o pensado, e se fique pelo Rio de Janeiro e por São Paulo.
O prefeito carioca, Marcello Crivella, pediu ajuda a Bolsonaro (em declarações bem públicas, na mídia) para criar um cassino em sua cidade. Afirma que tem interessados em investir e que precisa de gerar emprego e receita.
Entre os interessados em investir está Sheldon Adelson, empresário de Las Vegas que se diz estar interessado também em criar um cassino gigante em São Paulo. O magnata de 85 anos quer ganhar dinheiro rapidamente, e aponta aos dois maiores mercados do país.
Bolsonaro será cobrado por seu eleitorado. Ninguém irá duvidar disso. Ele já correu um risco ao se colocar em favor da liberação das apostas esportivas, em novembro, que aconteceu de forma discreta pois a Lei 13.756/2018 foi sancionada ainda por Temer, em dezembro. Se Bolsonaro assinar uma lei liberando os cassinos por todo o país, uma parte de seu eleitorado irá perguntar o que está se passando.
Não seria mais fácil e confortável liberar apenas nas grandes metrópoles? Será que Bolsonaro prefere conservar a lealdade de seu eleitorado ou criar condições de equidade e concorrência justa entre o Sudeste e o resto do Brasil?
Parece que Santa Catarina tem uma mão de 22 pontos. Os políticos catarinenses deveriam poder jogar uma carta fora para continuarem com hipóteses.
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