Florianópolis, 20/04/2024
Publicado em 16/03/2018
O consumo total de água, correspondente ao volume de água utilizada menos a água que volta para o meio ambiente, somou 30,6 bilhões de metros cúbicos em 2015, o que significa que empresas e famílias consomem apenas 0,5% dos recursos hídricos.
O uso de água das famílias per capita, isto é, por pessoa, em 2015, foi de 108,4 litros por dia. Em 2013, atingiu 111 litros/dia e, em 2014, 114 litros diários.
A pesquisa revela, ainda, que 68% da água do abastecimento correspondem às famílias e 32% a atividades econômicas. As famílias pagaram 58,7% dessa água de distribuição em 2015, ficando os restantes 41,3% de gastos para as atividades econômicas.
Em relação à vazão de esgoto enviado, 78,6% são destinados às famílias e 21,4% às atividades econômicas. Do mesmo modo que ocorre com os gastos com a água de distribuição, as famílias ficam com o maior percentual de gastos com serviços de esgoto (58,8%), enquanto as atividades econômicas arcam com 41,2%.
Valor da produção de água de distribuição e serviços de esgoto atinge R$ 42,5 bilhões
O valor da produção de água de distribuição e serviços de esgoto somou R$ 42,5 bilhões em 2015, sendo que a água de distribuição respondeu por 67,2% do total. O custo médio por volume de água e esgoto da economia foi de R$ 2,49 por metro cúbico.
O custo de água de abastecimento por volume de uso de água tratada fornecida foi maior para as atividades econômicas (R$ 3,52 por metro cúbico) em 2015 do que para as famílias (R$ 2,35 o metro cúbico).
O pesquisador do IBGE explicou, também, que o custo é menor para as famílias porque a estrutura tarifária do país beneficia mais o uso da água para abastecimento humano do que para meios produtivos, devido a questões como sobrevivência.
Em relação ao custo com serviços de esgoto por volume de águas residuais fornecidas à rede de esgoto, a diferença é ainda mais acentuada. Enquanto o custo para as atividades econômicas alcança R$ 4,01 por metro cúbico, para as famílias é de R$ 1,56 por metro cúbico.Segundo a pesquisa do IBGE, em 2015 a atividade econômica água e esgoto correspondeu a 0,5% do valor adicionado bruto total da economia. Lapip observou que, quanto menor for esse indicador, “melhor para o setor, para a economia, para a sociedade, para nós todos. Quer dizer que preciso de menos litros de água para gerar R$ 1 de valor adicionado ou de riqueza agregada”.
Para a atividade de agricultura, pecuária, pesca, aqüicultura e produção florestal, o indicador de intensidade hídrica de consumo foi de 91,58 litros para gerar R$ 1 de valor adicionado; para as indústrias de transformação, 3,72 litros por real; para indústrias extrativas, 2,54 litros por R$ 1; e o indicador de eletricidade e gás foi 1,18 litro por real. Para a economia como um todo, foi necessário gastar seis litros de água para cada R$ 1 de valor adicionado bruto.
Já o indicador de eficiência hídrica, que mostra quanta riqueza foi gerada para cada metro cúbico de água consumido pela economia, apresentou média de R$ 169 por metro cúbico.
Segundo o IBGE, isso quer dizer que para cada mil litros de água que consome, a economia brasileira gera R$ 169. Entre as atividades, para cada mil litros de água consumidos pela agricultura, foram gerados R$ 11 de riqueza em 2015. O setor de eletricidade e gás gerou R$ 846 para cada metro cúbico consumido; as indústrias de transformação, R$ 269 por m³, e as extrativas, R$ 393.
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