Florianópolis, 18/04/2024
Publicado em 23/10/2017
É difícil encontrar alguém, ou algum setor da economia, que não tenha sentido no bolso os efeitos da mais grave crise econômica de todos os tempos. A crise, além de baixar os preços dos imóveis, fez crescer o volume de imóveis que são enviados para serem leiloados.
São ações de retomadas de propriedades por falta de pagamento e ações de cobrança de dívidas, como as de condomínio.
Não há estatísticas oficiais a respeito do imóveis leiloados, mas é possível perceber que, desde 2016, aumentou a quantidade de pessoas que perdem seus bens em função de inadimplência, de crédito imobiliário, ou pelo não pagamento das despesas de condomínio não pagas.
A Caixa Econômica Federal é responsável pela maior parte do crédito para casa própria no país, por volta de 70% dos negócios. E as retomadas cresceram 80% em 2016.
No caso de financiamento, o que ocorre é que as pessoas não estão conseguindo pagar as dívidas de seus imóveis e muitas acham melhor honrar outras despesas que são mais imediatas, mais onerosas e que tem juros maiores, como cartão de crédito, por exemplo, deixando as dívidas imobiliárias para uma solução posterior. O cobertor é curto, e mesmo que o problema seja adiado, porque estas ações tendem a ser mais demoradas, o prejuízo no futuro será maior.
Mas, se não houver composição, o imóvel poderá ser leiloado para pagamento das dívidas e uma das formas legais é por meio do leilão. Na prática, o que ocorre, é que são designados dois leilões. Se o imóvel não for vendido no primeiro leilão, pelo valor de avaliação, no segundo o bem poderá ser adquirido por até 50 ou 60% do valor da avaliação. Na justiça do trabalho os lances mínimos podem ser ainda menores, em torno de 40% do valor da avaliação.
Tempos atrás, existiam empresas e pessoas especializadas na área, mas atualmente tem havido a procura de diversas pessoas por causa da divulgação que se tem dado ao tema. Mas é bom lembrar que as arrematações têm características próprias e exigem a atuação de um profissional com conhecimento nesta área especifica, para evitar diminuição dos lucros, ou até mesmo prejuízo na aquisição.
Quem estiver interessado em comprar imóveis e quiser investir em arrematações, deve levar em conta alguns pontos. Comprar um imóvel em leilão já foi algo voltado apenas para investidores e especialistas no assunto, que sabiam onde e como buscar as melhores oportunidades. Nos últimos anos, porém, o perfil vem mudando bastante e muitos dos inscritos e participantes dos leilões são pessoas à procura de um lugar para morar.
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