Shopping na Grande Florianópolis sedia exposição sobre a escravatura no Brasil

Cada fase é representada por peças e documentos originais de época, que compõem o acervo histórico do Instituto Cultural Soto. Dentre todas as fases, destaca-se o período do ‘grande êxodo’, onde houve o maior volume de negros comercializados e trazidos para o Brasil. São apresentadas gravuras, curiosidades, objetos pessoais, ferramentas e instrumentos de punições, tais como a palmatória e o ‘tronco de escravo’.

Segundo o historiador Alberto Fronza, a escravidão fez parte do processo de formação da sociedade brasileira, assim como em diversos outros países, que também utilizaram mão de obra escrava. “A importância desta exposição é mostrar que apesar da escravidão ter sido algo duro e sofrido, foi um processo legalizado, onde praticamente tudo era documentado”, destaca. A mostra gratuita segue até o dia 31 de julho próximo à Kalunga.

Objetos expostos

• Palmatória de correção e chibata utilizadas para a punição de escravos rebeldes
• Coleira de ferro com fecho articulado transpassado para cadeado que era utilizada para punição de escravos rebeldes
• Moeda argola feita em bronze e era utilizada para o comércio de escravos na África Ocidental. No século XV um escravo era vendido por 8 a 10 moedas argola
• Aquarela retratando os escravos presos aos grilhões e um açoitamento em público
• Documento que relacionava a quantidade de escravos pertencentes a Manoel José Vieira no ano de 1873
• Documento atestando a venda de uma escrava legítima em 25 março de 1879
• Documento que atestava o nascimento de uma criança filha de escrava, em 26 de agosto de 1880

Serviço:

O quê: exposição ‘Negras memórias’

Quando: até o dia 31 de julho

Onde: Continente Shopping, próximo à Kalunga

Quanto: visitação gratuita