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ESPORTES

Sábado de muita festa para o esporte paralímpico brasileiro

Publicado em 18/09/2016


Alaor Filho/ MPIX/ CPB
Sábado de muita festa para o esporte paralímpico brasileiro



Brasil é tetracampeão no futebol de 5 e Daniel Dias se torna o maior medalhista do mundo na natação paralímpica

O dia 17 de setembro de 2016 ficará para sempre marcado na história do esporte paralímpico brasileiro como o dia em que a seleção brasileira de futebol de 5 conquistou seu quarto ouro consecutivo e em que o incansável Daniel Dias levou mais duas medalhas, sendo uma dourada, para sua coleção que agora conta com 24 conquistas paralímpicas.

Com um grande público, a seleção brasileira de futebol de 5 precisou apenas de um gol, do craque Ricardinho, para superar o Irã pelo placar de 1 a 0 em uma partida muito difícil. Com o triunfo, o Brasil chegou ao tetracampeonato e manteve a escrita de não perder nos Jogos Paralímpicos, desde a estreia da modalidade em Atenas 2004.

Da grama para a água, quem brilhou na natação foi, mais uma vez, Daniel Dias. Primeiro, na prova dos 100m livres S5, o brasileiro não deu chances aos adversários e com o tempo de 1mins10s11 conquistou mais um ouro para a sua galeria de vitórias. Depois, ao lado de Andre Brasil, Phelipe Rodrigues e Ruan de Souza, Daniel fez parte do time que terminou o revezamento 4x100m medley 34 pontos com o bronze (4min17s51). Com esses dois pódios, o nadador brasileiro chegou a nove medalhas em nove provas nos Jogos Paralímpicos, e 24 na carreira, se tornando o maior medalhista masculino paralímpico da modalidade.

O espectadores da natação ainda presenciaram o bronze de Joana Silva no 100m livres S5, com a marca de 1min23s21. Além de ser o terceiro pódio de Joana no Rio de Janeiro, esta medalha integra as 19 que a Natação venceu nesta edição dos Jogos, número que faz a modalidade igualar sua melhor campanha em total de conquistas, que havia sido estabelecida em Pequim, em 2008.

Três nomes do atletismo brasileiro que já haviam subido ao pódio durante a competição voltaram a sentir o gostinho de conquistar uma medalha paralímpica. Porta-bandeira da delegação nacional na Cerimônia de Abertura, Shirlene Coelho, especialista no lançamento de dardo, mostrou ser forte também no lançamento de disco e levou a prata na competição da classe F38 com a marca de 33m91. As outras duas pratas do dia no atletismo vieram da pista, nas provas de 400m. Na classe T47, Petrúcio Ferreira fez 48s87 e na classe T11 Felipe Gomes marcou 50s38. Com essas três medalhas, o atletismo brasileiro atingiu um total de 32 pódios nos Jogos do Rio, superando em muito o seu recorde anterior na modalidade, que era de 21, alcançado nos Jogos de 1984.

O Brasil já conquistou medalhas em nada menos que 13 modalidades nos Jogos Paralímpicos do Rio, pulverizando a marca anterior, que era de oito, nos Jogos de Pequim. Somente neste sábado, foram seis os esportes que tiveram o Brasil representado no pódio, e três deles mostram bem como o país vem se tornando uma potência paralímpica cada vez mais completa.

Bronze na prova do contrarrelógio há três dias, Lauro Chaman fechou a corrida de estrada C4-C5 em 2h13min46s e terminou com a prata, conquistando a segunda medalha paralímpica da história do ciclismo brasileiro. Da estrada para as quadras, a seleção brasileira feminina de Vôlei Sentado ficou com o bronze e levou a primeira medalha do país na modalidade, após uma vitória irretocável por 3 sets a 0 sobre a Ucrânia (25/12, 25/22 e 25/20).

O tênis de mesa também fez uma campanha marcante nesses Jogos. Conquistou mais dois bronzes neste sábado, chegando a quatro medalhas. Na competição por equipes feminina classe 6-10, Bruna Costa e Danielle Rauen venceram a Austrália por 2 a 0 na disputa pelo terceiro lugar, enquanto Guilherme Marcião e Iranildo Conceição, na classe 1-2 masculina, bateram a Eslováquia por 2 a 1.

Também neste sábado ocorreram as últimas regatas das três competições de vela na Marina da Glória. Após a disputa de 11 corridas, o Brasil obteve os seguintes resultados: 16º na 2.4mR, com Nuno Rosa, oitavo lugar no Skub18, com Marinalva de Almeida e Bruno Landgraf, e 11º na Sonar, com a tripulação formada por Antonio Marcio, Herivelton Ferreira e José Matias.

Em sua primeira participação em Jogos Paralímpicos, a equipe brasileira do rugby em cadeira de rodas terminou na oitava colocação. Na Arena Carioca 1, a seleção nacional se despediu com uma derrota apertada para a França pelo placar de 59 a 54.

Já a Seleção masculina de basquete em cadeira de rodas fez um jogo emocionante contra a Austrália, decidido apenas nos lances finais com a vitória por 70 a 69. Desta maneira, terminou o torneio na quinta colocação. Com 24 pontos, Leandro de Miranda foi o cestinha da partida. Esta foi a melhor participação do Brasil na modalidade em toda a história das Paralimpíadas.

Neste domingo (18), último dia dos Jogos Paralímpicos, a equipe masculina de vôlei sentado do Brasil irá disputar o bronze com o Egito e quatro brasileiros disputarão as provas de maratona. Alex Douglas Silva correrá pela classe T46, Edneusa Dorta pela T12 e Maria de Fátima Chaves e Aline Rocha pela T54.

Redação SportSC, com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro









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