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POLITICA

Dilma começa sua defesa no plenário do Senado

Publicado em 29/08/2016


Marcelo Camargo/Ag. Brasil
Dilma começa sua defesa no plenário do Senado



Começou às 9h40 o quarto dia de julgamento da presidenta afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment que enfrenta no Senado, acusada de crime de responsabilidade.

Depois de chegar ao Congresso Nacional acompanhada do cantor Chico Buarque e do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a petista foi conduzida ao plenário pelo presidente do Senado, Renan Calheiros.

Sentada do lado esquerdo do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, que comanda a sessão, Dilma já começou a discursar, inicialmente por 30 minutos. Esse tempo, segundo Lewandowski, será prorrogado pelo tempo que a petista achar necessário.

O presidente do Supremo esclareceu no início da sessão que parlamentares [inclusive deputados], convidados, servidores e pessoas credenciadas poderão acompanhar toda a sessão, mas sem fazer qualquer tipo de manifestação, contrária ou a favor da petista. Cartazes e faixas também estão proibidos e qualquer tumulto fará com que a sessão seja suspensa até que a ordem seja estabelecida.

Na fase de perguntas, as que não tiverem relação com o processo ou as que induzirem resposta, não serão admitidas.

Dilma começa sua defesa

Ao apresentar pessoalmente nesta segunda (29), por cerca de 45 minutos, sua defesa aos senadores, a presidenta afastada Dilma Rousseff , ressaltou que foi ao Senado "olhar diretamente nos olhos" dos que a julgarão." Sei que, em breve, e mais uma vez na vida, serei julgada. E por ter minha consciência absolutamente tranquila em relação ao que eu fiz, venho pessoalmente à presença dos que me julgarão", afirmou.

A petista negou ter cometido crimes dos quais é acusada, segundo ela, “injusta e arbitrariamente”. Hoje, o Brasil, o mundo e a história nos observam. E aguardam o desfecho desse processo de impeachment", disse.

"Jamais atentaria contra o que acredito, ou praticaria atos contrários aos interesses daqueles que me elegeram", disse a petista, visivelmente emocionada, com a voz embargada por várias vezes. Dilma disse que se aproximou do povo e, também, ouviu críticas duras a seu governo.

Temer

O discurso de Dilma não poupou críticas ao governo interino de Michel Temer. "Um golpe que, se consumado, resultará na eleição indireta de um governo usurpador. A eleição indireta de um governo, que, já na sua interinidade, não tem mulheres comandando seus ministérios, quando um povo nas urnas escolheu uma mulher para comandar o país", afirmou.

Dilma também disparou críticas à composição ministerial montada por Temer desde o afastamento dela, em 12 de maio deste ano. "Um governo que dispensa os negros na sua composição ministerial. E já revelou um profundo desprezo pelo programa escolhido e aprovado pelo povo."

A presidenta afastada afirmou que durante seu governo e do presidente Lula, "foram dadas todas as condições para que as investigações fossem realizadas".

"Assegurei a autonomia do Ministério Público, não permiti qualquer interferência política na atuação da Polícia Federal. Contrariei interesses, por isso paguei e pago um elevado preço pessoal pela postura que tive", afirmou.

Cunha

Dilma lembrou a atuação do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que foi o responsável por dar o sinal verde ao processo contra ela na Casa.

Sobre os políticos que se aliaram ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ela disse eles encontraram "o vértice da sua aliança golpista". "Articularam e viabilizaram a perda da maioria parlamentar do governo. Situações foram criadas com apoio escancarado de setores da mídia", disse. "Todos sabem que esse processo de impeachment foi aberto por uma chantagem explícita do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha."

Segundo Dilma, se ela tivesse se "acumpliciado" com a improbidade e com o que, classficou, que “há de pior na política brasileira, como muitos até hoje parecem não ter o menor puder em fazê-lo, eu não correria o risco de ser condenada injustamente", afirmou.



Com informações de EBC/AGENCIA BRASIL








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