Florianópolis, 18/04/2024
Publicado em 24/05/2016
Dois canhões, provavelmente do século 18, encontradas durante a restauração da Casa da Câmara e Cadeia, estão sendo preparadas para serem apresentadas ao final das obras, neste segundo semestre. Uma delas pesa mais meia tonelada.
Depois de entregue, o prédio irá se transformar no primeiro Museu da Cidade. Somente os materiais que estão sendo retirados do local e tratados pelos arqueólogos já resultariam em uma bela exposição.
E, como joias da história, todo cuidado é pouco. Os canhões foram encontrados em outubro do ano passado, enterrados nos fundos da Casa da Câmara e Cadeia, e desde lá seguem em tratamento.
O mestre em arqueologia responsável pelo trabalho, Osvaldo da Silva, informou que primeiro eles passaram por um processo de desoxidação e agora estão em hidrólise, processo químico com hidróxido de sódio a 2% - também conhecido como soda cáustica.
“Deixá-los em uma pequena piscina foi a melhor solução que encontramos. O plástico é um material que não reage aos produtos e assim não interfere no tratamento”, explicou o arqueólogo.
Os canhões medem 1,40 e 1,80 metro. O menor pesa 350 kg e o maior, 580 kg. “São peças cuja história não conhecemos. Sabemos que são armas portuguesas, provavelmente do século 18, e que podem ter sido usadas, já que encontramos restos de pólvora”, disse.
As peças irão permanecer em tratamento até outubro, quando o procedimento completa um ano. Depois, farão parte das exposições fixas do Museu da Cidade.
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