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Florianópolis, 24/04/2024




GERAL

Médicos de Florianópolis mantém assembleia e decidem por Estado de Greve

Publicado em 28/05/2015


Kauê Ribeiro
Médicos de Florianópolis mantém assembleia e decidem por Estado de Greve



Os médicos vinculados à Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis em assembleia geral realizada na terça-feira (26/05), no hotel Floph, na capital deliberaram por manter a assembleia em aberto até às 15h30e sexta-feira (29/05), quando irão discutir encaminhamentos.

Nesta data, no período da tarde os atendimentos nas unidades de saúde não urgentes e não emergenciais serão suspensos. Deliberaram também, permanecerem em Estado de Greve.

Os médicos solicitam que haja o enquadramento imediato  na  implantação da Lei Complementar 503, que trata do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos dos servidores municipais. De acordo com estudos feitos pelos médicos, se o enquadramento funcional for correto, o Plano garantirá a suspensão dos descontos ilegais praticados há mais de uma década na folha de pagamento dos profissionais.

“O Sindicato dos Médicos tem uma nova reunião com o prefeito Cézar Souza Júnior nesta quarta-feira, às 15h30 quando os assuntos em pauta serão debatidos. Esperamos ter as informações necessárias para que não tenhamos que adotar atitudes mais drásticas”, afirma o presidente do SIMESC, Cyro Soncini.

 Déficit de médicos

 Por conta do desconto na remuneração dos médicos, muitos profissionais deixaram o serviço na capital. De acordo com levantamento no Diário Oficial, de julho de 2014 até o dia 19 de fevereiro deste ano foram somadas 24 exonerações e dos 70 médicos nomeados  em concurso público, 40 desistiram. Além disso, houve seis aposentadorias, o que contribui para a falta de médicos na rede municipal de Florianópolis.

Carência de especialistas

Mais de 70% dos especialistas concursados estão com a carga horária reduzida ou já pediram licença, o que prejudica no número de atendimentos à população. “Alguns especialistas atuam em UPAs e o regime não permite a redução da carga horária, se não também teriam feito”, afirma o vice-presidente do SIMESC, César Ferraresi.

Retrospectiva

Em 2012, os médicos realizaram várias manifestações e suspensões de atendimento em busca do fim do desconto ilegal. Um projeto de lei que suspenderia o desconto foi encaminhado para a Câmara de Vereadores, mas não foi aprovado. À época eleitoral, o atual prefeito, Cesar Souza Júnior, comprometeu-se em resolver a situação e também afirmou que aumentaria a remuneração dos médicos, tornando-a a maior da Grande Florianópolis. Em reunião realizada com dirigentes do SIMESC no dia 5 de maio, o prefeito reafirmou seu compromisso e empenho em tentar resolver essas duas questões.









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