Florianópolis, 20/04/2024
Publicado em 26/05/2015
O Secretário Nacional de Justiça do Ministério da Justiça, Beto Ferreira Martins Vasconcelos, reconheceu nesta terça-feira (26), em telefonema ao prefeito Cesar Souza Junior, que o envio de imigrantes haitianos e senegaleses do Estado do Acre para Florianópolis deu-se de forma equivocada e precisa ser revista. Assim sendo, à convite do Secretário Nacional, o diretor geral da Secretaria Municipal de Assistência Social, Dejair de Oliveira Júnior, e a chefe de gabinete do prefeito, Grasiele Xavier de Ávila, vão à Brasília nesta quarta-feira (27) para uma reunião que vai tratar do assunto, marcada para as 14 horas.
Intermediada pela Secretaria Nacional de Justiça, os imigrantes começaram a chegar de ônibus na Capital na madrugada da última segunda-feira (25). Nesta noite, a Prefeitura precisou prestar atendimento e improvisar abrigo aos primeiros 43 haitianos e senegaleses, de uma série de encaminhamentos de imigrantes previstos. Segundo Oliveira Júnior, que responde pela coordenação das providências relativas à recepção, a vinda de outros 16 é aguardada para a noite desta terça-feira; de mais 21, na quarta-feira, e de 31 na quinta-feira (28).
No domingo (24), o prefeito afirmou que formalizaria, junto ao Ministério da Justiça, um protesto em face do governo federal e do governo do Acre pelo envio indiscriminado de imigrantes para Florianópolis, sem qualquer planejamento e nem mesmo prévia comunicação às autoridades locais. O Ministério Público Federal também seria acionado. “Esse não é um protesto contra as pessoas (imigrantes), mas sim contra a forma como o governo federal e o Estado do Acre estão agindo. O protesto é contra a transferência de responsabilidade ao município e também pela maneira como o governo federal e o governo do Acre expuseram os imigrantes, com absoluta falta de planejamento e sem qualquer comunicação oficial à prefeitura”, afirmou Cesar Souza Junior, lembrando que centenas de imigrantes, principalmente do Haiti, já estão morando na Capital por iniciativa própria, inclusive, inseridos no mercado de trabalho.“O que não podemos permitir é que uma rota direta seja instituída por um governo estadual. Não temos estrutura para ficar recebendo imigrantes”, sublinhou o prefeito.
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