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PONTA DO CORAL: por uma abordagem mais realista e menos ideológica

Publicado em 21/05/2012





Está sendo licenciado um complexo turístico para a Ponta do Coral, com parque, marina, hotel e diversas facilidades públicas, além de espaços qualificados para guarda de petrechos de pesca artesanal. A notícia é bem vinda, mas tem sido recebida com reserva e ressalvas ao hotel, acusando-o de impactar negativamente a mobilidade urbana e o desfrute coletivo da paisagem. Com evidente vocaç?o turística, nada mais natural que um hotel e uma marina ali se instalem, além de bares, restaurantes e comércio de qualidade.

 

Se houver algum impacto negativo na mobilidade urbana no entorno da região, acredito, será pelo tráfego de veículos gerado pelo parque ou por outros equipamentos de uso público que se cogita implantar. Hoje, sem hotel algum ali, já há aumento do fluxo de carros junto ao trapiche, especialmente aos finais de semana.
 
Mas qual o impacto no trânsito gerado pelos demais hotéis da cidade, em áreas críticas como as ruas Bocaiúva e Felipe Schmidt? Praticamente nenhum. E o mesmo pode-se dizer dos hotéis da Beira Mar Norte. A razão é simples: o tráfego que geram é quase desprezível, pois não são como escolas ou repartições públicas, em que todos entram e saem ao mesmo tempo e nos horários de rush. Hóspedes de hotel, além de se locomoverem de forma bem distribuída, utilizam-se, quando em grupos, de vans e ônibus de turismo e, quando em menor número, de táxis. Poucos são os que utilizam seu próprio automóvel. Não por acaso, os estudos de tráfego do empreendimento da Ponta do Coral apontaram para a sua viabilidade.
 
É uma postura equivocada atacar novas construções alegando suposto impacto negativo na mobilidade urbana, ao invés de cobrar investimentos em planejamento de tráfego, incluindo medidas que desestimulem o uso de veículo próprio; soluções intermodais, inclusive transporte aquaviário e ciclovias; transporte coletivo suficiente e barato e campanhas educacionais para o uso mais racional do automóvel, educando a população a usá-lo apenas quando for imprescindível.
 
Em outro ponto da discussão, o da paisagem, é preciso frisar que o calçadão, a ciclovia, o parque, os píeres e todos os demais equipamentos públicos ficarão junto à orla, entre o hotel e o mar, portanto, sem que se perca a bela vista da Baía Norte. Na verdade, a vista será ampliada, assim como o convívio com o mar, graças à implantação de equipamentos de apoio náutico.
 
De maneira democrática, algumas pessoas propuseram um projeto alternativo para a Ponta do Coral, mas que considero de qualidade muito inferior, além de não contarem com um hotel e uma grande marina, o que é um erro. São estes que proverão vida e segurança 24 horas a todo o complexo turístico, viabilizando e mantendo as áreas públicas.
 
Por isso, tanto o hotel quanto a marina na Ponta do Coral, sozinhos ou acompanhados de novos equipamentos públicos de lazer, a meu ver, são bem vindos à cidade.
 
 
Ernesto São Thiago
Diretor de Turismo da ACIF








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