Florianópolis, 18/04/2024
Publicado em 14/12/2011
?Os resultados s?o muito animadores. Agora há uma pequena regi?o onde é possível o bóson de Higgs estar localizado. Porém, é preciso ter cautela, porque os resultados ainda n?o s?o conclusivos?, disse Sérgio Novaes, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Usando a amostra de dados de colis?es de prótons coletadas até agora no Cern, os pesquisadores do grupo CMS anunciaram hoje que, se o bóson de Higgs existir, há 95% de chances de ele n?o ser encontrado no intervalo de massa entre 127 e 600 GeV (gigaelétron-volt, termo utilizado na física para quantificar os campos de energia das partículas), e que os maiores indícios da localizaç?o da partícula est?o na faixa de massa entre 115 e 127 GeV.
Resultados similares ao do CMS foram obtidos pelo grupo Atlas. Trabalhando de forma totalmente independente do CMS, sem nenhuma forma de interaç?o entre os grupos, os cientistas do Atlas excluíram a possibilidade de encontrar o bóson de Higgs entre partículas com massa entre 141 e 476 GeV e indicaram que a partícula pode ter massa entre 116 e 130 GeV.
?É absolutamente surpreendente que dois experimentos realizados de forma independente, sem um grupo ter acesso aos dados do outro, chegarem a resultados t?o similares?, avaliou Novaes.
Agora, os dois grupos de pesquisa dever?o publicar seus resultados e, posteriormente, se reunirem para combinarem seus dados.
Segundo as estimativas dos pesquisadores do Cern, só será possível estabelecer claramente a exist?ncia ou n?o do bóson de Higgs na regi?o de massa delimitada pelos grupos CMS e Atlas no final de 2012, quando um maior número de amostras de dados de colis?es de prótons será coletado.
De acordo com eles, para se chegar a uma conclus?o sólida, é preciso dispor de, pelo menos, o dobro de dados de que possuem até o momento. (FAPESP)
Abra o APP de seu banco.